Em muitas comunidades rurais do sertão baiano, o acesso ao cinema é inexistente. As salas comerciais concentram-se em centros urbanos e o consumo audiovisual ocorre, muitas vezes, de forma individualizada e limitada pelas condições de conectividade. Isso contribui para um apagamento simbólico dos territórios rurais nos circuitos culturais e para a exclusão do povo sertanejo de narrativas que os representem ou provoquem reflexões sobre suas realidades.

 

 

O CineClube Sertão Vivo surge como resistência poética e política, ocupando espaços como praças, escolas, salões comunitários e terreiros com exibições de filmes seguidas de rodas de conversa. Ao fomentar a escuta sensível e o diálogo intergeracional, o projeto pretende não apenas exibir filmes, mas construir processos formativos e afetivos em torno do cinema como linguagem acessível e transformadora.